A Comissão de Serviços Públicos Municipais da Câmara Municipal de Formiga, composta pelos vereadores Cabo Cunha (presidente), Juarez Carvalho (relator) e Luciano do Gás (membro), acompanhada do vereador Cid Corrêa, visitou, na tarde de ontem, a antiga Fazenda da Feama.

Os parlamentares caminharam pelo local, avaliaram sua situação e discutiram possíveis utilidades para o terreno, que está abandonado pelo Município. Juarez Carvalho citou que seria possível utilizar o imóvel para fazer um novo Centro Industrial, com a infraestrutura adequada para receber novas empresas e gerar emprego e renda para os formiguenses.

Já Cabo Cunha observou que o terreno seria um bom lugar para construir uma “fazendinha” para acolher mulheres dependentes químicas.

Venda rejeitada

Na reunião ordinária desta semana da Câmara de Formiga, foi colocado em votação um projeto de lei da Prefeitura que previa a venda da fazenda. A proposta foi rejeitada com 5 votos contrários (Cabo Cunha, Cid Corrêa, Flávio Couto, Juarez Carvalho e Luciano do Gás) e 4 favoráveis (Flávio Martins, Joice Alvarenga, Luiz Carlos Tocão e Osânia Silva).

Ao analisar a fazenda, Cid afirmou que o Município não poderia abrir mão de um imóvel como aquele. “É um local privilegiado, ao lado da BR-354. Não se vende imóvel que é do povo para reformar um antigo [segundo a Prefeitura, o valor obtido com a venda seria utilizado na reforma de imóveis da Secretaria Municipal de Saúde]”, ressaltou.

Luciano do Gás destacou que o Município poderia fazer uso muito melhor da fazenda que o pretendido pela Prefeitura e questionou a falta de manutenção dos prédios públicos. “Como deixaram as Unidades Básicas de Saúde chegarem ao estado que estão? Era só a Prefeitura fazer um serviço básico de manutenção, de forma periódica, que não seriam necessárias grandes reformas”, observou.

Por fim, Juarez comentou que “é preciso aumentar o patrimônio público, não o dilapidar”.

Além disso, os vereadores ressaltaram que “a Prefeitura não precisa de autorização do Poder Legislativo para reformar seus imóveis, o orçamento municipal deste ano é de mais de R$ 250 milhões, sendo obrigatório destinar, ao menos, 30% desse valor para a Saúde. Portanto, a Prefeitura tem recurso em caixa para fazer tais reformas, sem precisar abrir mão de um imóvel que pode ser tão importante para os formiguenses”.

Antes de irem à fazenda, Cid, Juarez e Luciano foram à Secretaria Municipal de Saúde e se reuniram com o responsável pela pasta, Leandro Pimentel, que explicou que o Poder Executivo ainda não tem projeto para as reformas e, tampouco, previsão de custo dos trabalhos.