Publicado em: 24 de maio de 2023
O médico Ednaldo Durço, é considerado pelo vereador o adjunto mais caro do Brasil, custando cerca de R$25 mil/ mês à administração
Além dos vereadores Marcelo Fernandes e Joice Alvarenga, o vereador Cabo Cunha também fez uso da Tribuna do Povo, realizada na tarde de segunda-feira 22 de maio, durante a 111ª reunião ordinária da Câmara.
A fala do vereador ocorreu para que fosse esclarecida denúncia feita por ele, na semana passada, sobre o salário do secretário adjunto de Saúde, o médico Ednaldo Durço, considerado por Cunha o adjunto mais caro do Brasil, custando cerca de R$25 mil/ mês à administração.
Em entrevista ao portal Últimas Notícias, após as afirmações do vereador, o médico disse que, caso Cunha não se retratasse da fala considerada por ele uma “Fake News”, o mesmo acionaria o vereador na Justiça.
Segundo consta da matéria do portal formiguense, foi apurado que, com todos os descontos e com os benefícios pelos anos de serviço como concursado (desde 2007), Ednaldo recebe R$ 14.789, 90.
“No ano passado eu votei contra a criação deste cargo. Divinópolis não tem, nem Belo Horizonte ou Araxá. Respeito a decisão dos demais vereadores, mas eu não concordei com a criação de mais este cargo na administração “, comentou o vereador.
Diante da aprovação, Cunha informou que nos meses de março e abril encaminhou ofícios ao Executivo por meio dos quais questionava se eram compatíveis as funções de médico e adjunto, qual seria o salário de Ednaldo se o mesmo optasse exclusividade pelo cargo de adjunto e qual a carga horária de trabalho. Segundo o vereador, os questionamentos nunca foram respondidos, o que abriu margem para que o próprio, juntamente com os profissionais da Casa buscassem as informações no Portal da Transparência.
Durante o uso da Tribuna, Cunha apresentou holerites do médico, retirados do Portal da Transparência, que mostram salários mensais que variam entre R$ 20 mil (janeiro à abril/2023) e R$42 mil (no mês de dezembro/2022) e reafirmou sua fala da semana passada.
Cunha explicou ainda, que Ednaldo era médico do Posto de Saúde do bairro Cidade Nova e uma vez que deixou o cargo para assumir a adjunção, outro médico precisou ser contratado para substituí-lo a um salário de cerca de R$25 mil/mês. Diante disso, somados os salários mensais de Ednaldo e ainda necessidade de contratação de outro médico, são mais de R$ 40 mil pagos por mês.
O vereador ainda questionou sobre a isonomia nos cargos de adjunção nas secretarias do município de Formiga. Segundo ele, o salário de adjuntos não passa de R$ 8 mil, e pagar um valor tão superior para o mesmo cargo não seria justo.
Processo Administrativo Disciplinar
Por fim, Cunha informou que há alguns anos, o secretário adjunto respondeu a um Processo Administrativo Disciplinar após ser afastado para acompanhamento familiar por questão de saúde, porém a informações são de que ele estaria trabalhando em seu consultório particular ainda durante o afastamento, o que configura irregularidade.
Cunha contou que os documentos a respeito desse processo administrativo lhe foram entregues, em mãos, pelo próprio prefeito Eugênio Vilela, mas não sabia dizer o porquê. Na época, porém, com o andamento da investigação, Ednaldo teria sido apenas advertido sobre a irregularidade, não sendo suspenso o seu afastamento por motivos de saúde, mesmo após a constatação de que o mesmo se manteve trabalhando em seu consultório médico particular. Cunha quer agora, acesso a todo o processo.
Desabafos
Cunha ainda fez uso da Tribuna para criticar a postura do chefe do Executivo, elencando situações em que considera que vereadores foram desrespeitados, inclusive ao não terem seus questionamentos respondidos.
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